quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em tudo, a geração Y é ruim?

Anda circulando pelo ambiente das redes sociais um texto sobre a tal Geração Y, que segundo o autor do mesmo, reúne pessoas multi-tarefas e que se intitulam ser o que, na verdade, não são. Bem, vi todo um burburinho a respeito do assunto, vários conhecidos meus compartilharam o texto no facebook e no twitter e eu, depois de muito resistir, resolvi ler o tal texto.

Eu já sabia que não ia concordar. Acho que essas opiniões julgadoras de verdade absoluta não devem ser consideradas. Opiniões são para ser discutidas, pensadas... e não para sair apontando ou levar as pessoas a apontarem o dedo na cara de outras. Isso é julgamento! Completamente diferente...

Bem, o que eu penso sobre todo esse alvoroço em torno da tal Geração Y é que as pessoas autointitulam-se sim várias coisas grandes, vários cargos grandes, quando na verdade, como diz o autor do texto, são apenas pessoas comuns que escrevem em um blog, ou dono de uma loja, ou dono de uma empresa de copiadoras, ou qualquer coisa pequena... Isso é, de fato, resultado da massificação da informação e da necessidade de títulos que a sociedade em que vivemos exige.

Há um tempo, se você tinha uma empresa, uma loja, ou qualquer coisa de propriedade sua, que lhe trouxesse lucros, você era simplesmente dono de um negócio. Depois, o status subiu para empresário. Hoje em dia isso é ultrapassado: ou você é sócio-proprietário de um negócio que não tem mais que 2 pessoas trabalhando ou é o diretor executivo! Por que? Porque soa mais bonito! Soa poderoso... Dono? É aquele cara que tem uma vendinha na feira! Ele pode até lucrar mais do que eu no fim do mês, mas ele é só um dono! Eu, porque tenho um escritório, cujo meu lucro, só paga o aluguel do mesmo, sou sócio proprietário ou diretor executivo... Cara, no fim, ambos são MICRO ou PEQUENOS empresários. No fim, tudo isso é uma busca absurda por status, pela necessidade de parecer bem sucedido, e antes de apontarem o dedo na cara de um ou outro, é bom olhar para nós mesmos. Porque somos nós que fazemos parte dessa sociedade e se as coisas chegaram neste ponto, é porque contribuímos para isso!

É muito fácil publicar um link desse na internet e dizer: olha como são as pessoas ao meu redor! Cara, você também é assim! Nós somos assim e fomos nós que levam a isso! Todos nós fazemos parte dessa sociedade, todos nós somos assim!

Não me incomoda o que o autor do texto escreveu. Não! Acho que ele está certo e só falou o que tinha vontade de falar! Me incomoda ver pessoas que agem como quem ele descreveu tomarem esse texto como exemplo para apontar uns ou outros e usá-lo como verdade absoluta!

Sobre aceitar ou não que as pessoas se autointitulam, só depende de quem as contrata e de quem as toma como referência. Eu acho que uma das piores coisas que o marketing trouxe para nós, foi o marketing pessoal, porque muita gente começou a usá-lo indevidamente. Conheço gente que diz que faz montanha mudar de lugar, consegue ótimos empregos, ganha altos salários e, no fim, quem faz a montanha mudar de lugar é o funcionário que ganha bem menos que a metade que o cidadão bom de lábia e não leva nem um pouco da fama. Mas, como foi o cara que manja de marketing pessoal que disse que ele que faz a montanha mudar de lugar, o empresário parece fechar os olhos para a realidade e crê naquilo e dá status a esse tipo de profissional.

Não acho que o autointitulamento seja um problema! É um problema para quem não sabe avaliar bem quem contrata! Dizer: eu faço isso, eu faço aquilo é muito fácil. O outro lado, o empresário, tem que dizer; me mostra que você já fez! Quem me prova que você já fez? O cara tem que investigar! Não é acreditar no blá-blá-blá de pessoas que agem de má fé (porque pra mim isso é agir de má fé) e depois ficar decepcionado e sair desacreditando de todos.

Por fim, penso que há um grande número de pessoas que se importam muito com profissionais multitarefas. Sabe o que eu acho? Isso é insegurança! Se eu dou conta de trabalhar com uma coisa de manhã, com outra de tarde e ainda fazer mais alguma outra coisinha de outra área a noite, tem gente que se incomoda. Por que? Porque eu posso tomar espaço delas! Porque elas veem sua gama de oportunidades diminuir. Cara, não reclama! Faz! Levanta a bunda da cadeira e vai descobrir o que de mais você sabe fazer e seja o ser multitarefa ser bom! Saber mais de uma coisa é ruim? Eu acho que não! E o mercado e o seu bolso também não devem achar!

Fica a dica!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

De gente, não se sabe nada!

Você convive alguns anos com as pessoas. Acredita conhecê-las. Saber o que esperar delas. Mas isso é ilusão. Ou melhor: inocência. A gente nunca sabe, no fundo no fundo, nada ao certo das pessoas, a não ser de nós mesmos... e olhe lá! Porque às vezes, nós nos surpreendemos com certas atitudes nossas...

Nós queremos acreditar que as pessoas vão ser sempre as melhores para nós, por gostar, por ter carinho por elas. E se agarra nesse crer, achando que sempre poderá contar com elas, que elas sempre irão te compreender, que elas irão, ao menos, te escutar...

Mas existem coisas - e o pior é que, a maioria, pequenas - acabam com amores, acabam com amizades, põem fim a laços familiares... E da noite pro dia te fazem pensar: eu passei tantos anos acreditando que essa pessoa estava comigo para o que der e vier? Era esse ser que eu sempre cri ser dos mais admiráveis e melhores para mim?

Acreditar nas pessoas é quase uma faca de dois gumes... é como um jogo de sorte: algumas - poucas! - serão verdadeiros achados, pessoas que você quer ter sempre por perto, com quem você sabe que vai poder contar em qualquer situação e que não será uma opinião contrária que irá fazer com que ela se afaste de você... mas outras serão como paixonites; são tudo para você hoje, são as melhores para você hoje... até o primeiro desentendimento, até a primeira implicância. Pronto, o encanto passou! E elas simplesmente vão embora, deixando corações partidos e almas feridas...

A única parte boa de tudo isso é que a gente segue aprendendo e nos cuidando melhor.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Chamam a gente de babaca!

Fico assustada toda vez que vejo como o cliente, o consumidor tem sido mal-tratado hoje em dia. Faz tempos que esse é um assunto que me incomoda muito, até porque eu acho que, desde que nos sintamos lesados, devemos sim,  recorrer a justiça para buscar nossos direitos. Só que se chegou a um ponto que as empresas parecem não temer a justiça: elas ganham rios de dinheiro mesmo, não custa nada tirar 1% de seus lucros para pagar indenizações a babacas, ops, clientes!

Esses babacas - nós! - são lesados diariamente e tratados como idiotas em Centrais de Atendimentos, quando o que só precisam é que resolvam um problema que pode ser mínimo. Eu já me senti e atualmente me sinto assim! A empresa que fornece internet para a minha casa não admiti que está prestando um péssimo serviço. Pago por internet de 1 mega e não disponho nem de 500 kbps! Minha internet 3G, que uso só no celular, funciona melhor que a operadora de internet. Como lidar? Ignorar? Poderia até fazer isso, se eu não trabalhasse com internet e dependesse do pulso de velocidade dessa empresa para entrar em contato com os meus clientes. O que eu posso fazer? Reclamar! Já reclamei na central - que não resolveu meu problema -, já reclamei nas redes sociais - o que não resolveu meu problema, enfim... meu problema não tem resolução! Estou decidindo agora apenas como vou processá-los. Porque acho que esse é um direito meu!

Recentemente, passei também por um problema um pouco semelhante de puro descaso com o cliente. Resolvi vender meu carro, que havia financiado pelo maior banco do país. Quando pedi orientação na central de atendimento, o procedimento era simplérrimo. Fui, fiz tudo o que precisava, negociei o carro com um novo comprador e na hora de quitar a quantia que faltava para pagar o valor total do carro, começou um inferno em minha vida. O banco, simplesmente, não quis me mandar o boleto para quitação! Por que? Eu não sabia, eu não entendia! Inventaram milhares de desculpas, disseram que eu tinha contas em aberto no Detran - o que eu provei não ser verdade - e, por fim, conversando com um amigo da área de economia, ele me explicou o que me fez sentir ódio profundo deste banco: Flávinha, se você quitar seu carro, eles vão ter que te dar um grande desconto, o que não é vantagem para eles. Para isso, eles te fazem perder tempo, o que rende juros, e no fim, você paga o valor do desconto que eles te dariam.

Gente, eu fiquei arrasada! Eu fiquei me sentindo enganada, uma babaca, uma burra... E pensei: quantas pessoas não são enganadas diariamente? Claro que briguei muito com o banco até conseguir o boleto, e só quando ameacei processá-los consegui fazer o pagamento. Aí, já havia rendido quase mil reais de multa por atraso!

Nos dois casos eu pensei em entrar com processo contra as empresas. Contra a primeira eu realmente estou considerando entrar. Mas aí, a gente perde as forças quando lembra o quanto nossa justiça é lenta! Entre tantas outras situações em que já me senti lesada e que quis reivindicar meus direitos, acabei esbarrando nessa pedra. Porque o processo inteiro torna-se uma dor de cabeça e um desgaste enorme para a vítima. Mas, ainda assim, é o caminho certo a recorrer.

Na atualidade, com os avanços da internet e o super sucesso das redes sociais, é negócio também tentar alertar os outros consumidores quanto a má fé com que as empresas tem agido ao oferecer seus serviços. Embora eu ache as redes sociais uma faca de dois gumes, também penso que pode ser uma saída genial para ambos os lados: empresa e cliente. Como? Por meio da comunicação! Eu, cliente, quero falar e ser ouvida, a empresa quer avaliar o que pensam de seu negócio e assim melhorar seus serviços. E as redes sociais tem funcionado como verdadeiras ouvidorias no que se refere a isso.

Outro caso meu: quando comprei meu novo carro, tive o azar de ele vir com um defeito de fábrica. Levei na concessionária para fazer a mudança da peça e começou uma super nova dor de cabeça para mim. O carro que ficaria na oficina apenas 2 dias, levou uma semana parado! E eu trabalho com meu carro, porque preciso ir a diversas reuniões e compromissos durante o dia. E o pior: a concessionária não quias me dar um carro reserva. Resolvi ligar para a central de Atendimento da marca do carro para tentar uma solução. Bem diferente do tratamento na concessionária aqui da minha cidade, na central fui tratada muito bem e me garantiram que me dariam uma solução. 

Muito chateada, fui no twitter e reclamei da situação. Para a minha surpresa, a assessoria da marca do carro entrou em contato comigo, desejando resolver o problema e avaliar o serviço que me foi oferecido. Fiquei muito surpresa e também satisfeita. Eles fizeram tudo o que puderam para me entregar o carro de volta e se colocaram a  disposição para toda vez que eu precisar de serviços na concessionária, solicitar o acompanhamento emergencial da indústria nacional da marca, com a finalidade de satisfazer o cliente.

Não é todo dia que se vê isso, né?! 

O exemplo de uso de redes sociais a favor de empresas com intuito de melhorar e avaliar seus serviços é algo que tem sido bastante discutido e que poucas empresas no Brasil tem tirado proveito corretamente. É uma maneira de se ter um contato direto com seu cliente, de não precisar fazer a abordagem chata do telemarketing. A empresa pode simplesmente filtrar para si um banco de informações absurdo - dado a quantidade de perfis disponíveis na rede -  que pode ser precioso e levar, sim, ao crescimento de um negócio.

Pena grande que a maioria das empresas ainda fecha os olhos para as redes ou acha que é um canal de comunicação de apenas uma mão: só ela fala, mas não há resposta às réplicas! Até nisso, até nas vezes em que mandamos mensagens via redes sociais para um perfil de empresa e não obtemos respostas, é uma maneira de carimbarem na nossa testa: Ei, cliente, você é um babaca!

Que isso mude!