sábado, 23 de fevereiro de 2013

As pessoas querem ter opinião, mas não receber opiniões

Outro dia, li em algum artigo pela internet que, na atualidade, as pessoas se escondem atrás de um login, de uma arroba e acham que no mundo virtual elas vivem outra vida. Portanto, vê-se tantas desavenças, xingamentos, críticas e por aí vai nas redes sociais. O problema é que muitas das vezes as pessoas esquecem que aqueles usuários da rede com quem elas estão discutindo - nem sempre civilizadamente- num facebook, num twitter, num instagram são seus amigos, colegas de trabalho, conhecidos de vida real, que vão encontrar no dia seguinte às sete da matina, no ponto do ônibus, na sala do trabalho, na aula da faculdade, no almoço de família... E a relação da vida real, como fica pós discussão em redes sociais?

Confesso para vocês que  esse é o questionamento que eu sempre me faço quando vejo "barracos" na web! E é impressionanente como a cada dia essas confusões em redes sociais aumentam. Fico chocada quando vejo gente que cria perfil fake para alfinetar, detonar um amigo ou uma pessoa que a criatura nem conhece, mas sente inveja porque a pessoa é rica, ou é bonita, ou é conhecida, ou é tudo isso junto! E, às vezes, nem precisa criar perfil fake. A pessoa vai com seu "nominho" e sua "fotinho" e larga um comentário recalcado na foto do fulano(a). Não sei vocês, mas eu sinto muita - e MUITA mesmo -  vergoha alheia desse tipo de coisa!

Ok! Não vou ser hipócrita de chegar aqui e dizer que nunca entrei em barraco de internet. Já! Já vivenciei alguns. Mas, digamos que, a experiência, faz você ver as coisas de outras maneira. Participei do primeiro, participei do segundo, no terceiro, que foi um barracão mesmo, eu tomei uma decisão: não publico mais o que eu penso nas redes sociais! E assim fiz por alguns meses! Até que um dia eu parei e pensei  "perai, isso aqui é um espaço justamente para isso e dane-se quem pensa diferente; no meu canto, eu posso falar o que eu quiser, não é não?". E assim voltei a publicar algumas ideias, pensamentos, opiniões nas redes sociais.



Foto do Instagram da @gabrielapugliesi, que foi "massacrada" por estar comendo carne de vitello. Como ela não deu importância aos comentários dos "defensores" dos animais, foi atacada - mas também defendida - por muitos usuários.  Foram mais de 150 comentários, acompanhados de alguns unfollow de seguidoras que eram defensoras dos animais.


A realidade é que hoje em dia o simples fato de você ter opinião é motivo de polêmica. Essa coisa de as pessoas saberem o que você pensa de verdade sobre um assunto é relativamente nova para todo mundo. Ou vocês se lembram de há 10 anos saberem o que o vizinho do 4° andar achava sobre desarmamento? Se a gente não sentasse para conversar e debater um assunto, jamais saberíamos o que uma pessoa comum na rua pensa sobre assunto A ou B. Mas hoje, tudo é diferente. Eu sei o que fulano, que eu nunca vi na vida, pensa sobre um assunto altamente polêmico e me deparo com declarações preconceituousas em uma publicação sua na rede social. Aí, eu, pessoa que discordo daquilo, vou lá na publicação de fulano que eu nunca vi, mas é meu amigo na rede social e faço um contraponto a opinião preconceituosa de um usuário que também comentou a publicação. Aí, essa pessoa se sente ofendida e me detona! Eu vou lá e dou outra resposta. Aí, vem outra pessoa, que simpatiza com aquele que me detonou, e reforça o comentário do cara me atacando. E eu, que simplesmenmnte - ou não! - quis mostrar um outro lado da questão (uma outra opinião), acabo sendo massacrada na rede social, pelo fato das pessoas não saberem algo que é extremamente importante: opinião não se discute! Ou se discute, civilizadamente! Se aceita!

Pessoal, as coisas estão perdendo o sentido! As pessoas querem nos obrigar a seguir as ideologias delas e se eu disser que eu não concordo com aquilo, eu sou o filho de Satanás na Terra! Que é isso, gente? Onde nós vamos parar? Às vezes, eu até penso que já podemos falar em selvageria na web diante de algumas situações dessas. As pessoas não aceitam receber um unfollow. Elas querem tomar satisfação! Elas não aceitam que você tem opinião! Mas elas querem que você aceite a opinião delas e mude porque elas acham que a opinião delas é a certa.

A pergunta que me faço é: quem está certo? quem está errado? Porque assim como eu posso justificar que eu penso X e ponto final; a outra pessoa pode justificar sua crítica dizendo ela pensa Y e ponto final! E aí? Quem está certo? Quem está errado?

Eu não sei! E não sei nem se um dia a gente vai chegar nessa resposta. Só sei que eu sinto muita falta de uma coisa na rede social: educação! Acho que as pessoas acabam traduzindo em seus comentários um pouco do que são. Quando comedidas, respondendo com calma, sem agressões, são educadas. Quando atacam, criticam negativamente, xingam e falam como se estivessem esbravejando, são mal educadas. Eu acho que assim como no nosso dia-a-dia nós precisamos ser civilizados e educados para a vida em sociedade, nas redes sociais, na internet, é necessário o mesmo. Só ainda não se popularuizou esta necessidade! Já está mais do que na hora, não acham?!





sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sobre cultura, selvageria e peles na moda


Juro que tentei fazer de tudo para não falar de moda nesse blog (até porque tenho um voltado só para esse assunto), mas diante de um super burburinho acerca de um assunto que nunca deixará de gerar polêmica, resolvi quebrar o silêncio neste espaço e falar.

Essa semana está acontecendo o São Paulo Fashion Week, maior semana de moda do país, e o uso de peles por muitas fashionistas trouxe à tona outra vez a discussão acerca do quão ético e humano é esta prática. Antes de qualquer coisa quero que fique claro aqui uma coisa: eu sou CONTRA  o uso de pele de animais e qualquer violência contra animais.

Porém, creio que haja uma militância extremamente radical em determinados casos, porque do muito que já li, vejo pessoas que “atiram a pedra” insandecidamente contra as outras, sem parar para pensar um pouco antes.

Gente, de onde nós viemos? De seres que para sobreviver precisavam caçar para comer, para se vestir... Óbvio, que a medida que fomos evoluindo, fomos deixando para trás determinados hábitos e sendo menos selvagens. A questão é que determinadas práticas são culturais. Ou você acha que em algum momento da existência humana a sociedade deixará de ser, por exemplo, machista? Não vai não, gente! Porque isso é algo cultural. É algo que nos é passado de geração para geração, e por mais que haja quem milite contra – e sempre haverá e tem de haver! – mudar será difícil e muito improvável.

Mas claro, não temos que nos conformar com a situação e ainda permitir que animais sejam mortos para fazer a vontade de mulheres e homens que querem manter uma imagem fashion e exaltam a beleza. Acho que todo esse debate acerca do assunto é muito válido, porque nos faz tomar posição diante do se se é contra ou a favor. Como disse, eu sou contra, mas infelizmente já me vi em situações em que sei, que mesmo que, indiretamente, usei produtos de beleza, por exemplo, que foram testados em animais. Porque a marca de quem eu compro, pode até não fazer os testes, mas uma de suas fornecedoras, por exemplo, pode ter testado um produto ou outro em animais. E aí? O que fazer? Eu vou ser radical ao ponto de dizer: não uso mais nada porque tudo é testado em animais? Bem, se o pensamento lógico for esse, eu também vou deixar de comer carne, peixe, aves, porque a morte de um animal desse para fins de alimentação são bem cruéis também! E aí? É assim que é para ser?

Mais uma vez serei redundante e repetirei: não estou defendendo o uso ou teste em animais, só penso que seja necessário repensar essa política de ataque a essas práticas. Julgamentos não levam a conscientização. E eu acho mesmo que hoje, no presente, não consigamos muito. Acho que a possibilidade de se desenvolver uma nova consciência poderá surgir com nossos filhos e netos, porque podemos e devemos educá-los, desde já,  para que tenham a clareza de que usar pele de animais é sinônimo de selvageria, é desnecessário e não deve ser usado de maneira alguma. É muito fácil criticar a família real inglesa que tem a prática aristocrática de reunir-se para caçar, já que você não nasceu em meio aquela cultura. Se eles foram educados assim, desde criancinhas, difícil será tirar da mente deles que aquilo é legal. Mas não é impossível! Certamente, os mais velhos não terão a disposição para abrir a mente e repensar essa prática da família. Mas, pode ser, que um integrante mais novinho da família, consiga, por meio de acesso a informação e educação também, pensar: não, eu não quero ir para caçada, porque não acho legal! E se ele pensa assim certamente os filhos, netos e afins, também poderão vir a pensar.

Enfim, acredito que toda a dificuldade para se chegar a um consenso sobre este debate está na maneira correta de abordagem, em se rever a necessidade de manter determinadas práticas culturais e, infelizmente em algo que penso não ter jeito, no capitalismo! O ruim de tudo é que se isso for mal conduzido ou ainda que seja conduzido da maneira como defendi aqui, penso que, até chegarmos a essa consciência, muitos animais estarão extintos e para recuperar o tempo perdido pouco poderá ser feito. Agora, sobre recuperar isso no presente, eu sinceramente penso ser impossível.

Para não me estender mais sobre o assunto, deixo dois links que penso serem bem explicativos sobre uso de peles e sobre teste em animais, sendo que considero o último o mais coerente.
E vocês? O que acham?


P.S.: Passei um tempão sem aparecer por aqui, né?! Mas como já expliquei, o Vixi já falei é para momentos em que eu me sentir provocada, incentivada, enfim, que algo me faça querer emitir opinião sobre algum assunto. E digamos, que até então, nada andava me provocando!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em tudo, a geração Y é ruim?

Anda circulando pelo ambiente das redes sociais um texto sobre a tal Geração Y, que segundo o autor do mesmo, reúne pessoas multi-tarefas e que se intitulam ser o que, na verdade, não são. Bem, vi todo um burburinho a respeito do assunto, vários conhecidos meus compartilharam o texto no facebook e no twitter e eu, depois de muito resistir, resolvi ler o tal texto.

Eu já sabia que não ia concordar. Acho que essas opiniões julgadoras de verdade absoluta não devem ser consideradas. Opiniões são para ser discutidas, pensadas... e não para sair apontando ou levar as pessoas a apontarem o dedo na cara de outras. Isso é julgamento! Completamente diferente...

Bem, o que eu penso sobre todo esse alvoroço em torno da tal Geração Y é que as pessoas autointitulam-se sim várias coisas grandes, vários cargos grandes, quando na verdade, como diz o autor do texto, são apenas pessoas comuns que escrevem em um blog, ou dono de uma loja, ou dono de uma empresa de copiadoras, ou qualquer coisa pequena... Isso é, de fato, resultado da massificação da informação e da necessidade de títulos que a sociedade em que vivemos exige.

Há um tempo, se você tinha uma empresa, uma loja, ou qualquer coisa de propriedade sua, que lhe trouxesse lucros, você era simplesmente dono de um negócio. Depois, o status subiu para empresário. Hoje em dia isso é ultrapassado: ou você é sócio-proprietário de um negócio que não tem mais que 2 pessoas trabalhando ou é o diretor executivo! Por que? Porque soa mais bonito! Soa poderoso... Dono? É aquele cara que tem uma vendinha na feira! Ele pode até lucrar mais do que eu no fim do mês, mas ele é só um dono! Eu, porque tenho um escritório, cujo meu lucro, só paga o aluguel do mesmo, sou sócio proprietário ou diretor executivo... Cara, no fim, ambos são MICRO ou PEQUENOS empresários. No fim, tudo isso é uma busca absurda por status, pela necessidade de parecer bem sucedido, e antes de apontarem o dedo na cara de um ou outro, é bom olhar para nós mesmos. Porque somos nós que fazemos parte dessa sociedade e se as coisas chegaram neste ponto, é porque contribuímos para isso!

É muito fácil publicar um link desse na internet e dizer: olha como são as pessoas ao meu redor! Cara, você também é assim! Nós somos assim e fomos nós que levam a isso! Todos nós fazemos parte dessa sociedade, todos nós somos assim!

Não me incomoda o que o autor do texto escreveu. Não! Acho que ele está certo e só falou o que tinha vontade de falar! Me incomoda ver pessoas que agem como quem ele descreveu tomarem esse texto como exemplo para apontar uns ou outros e usá-lo como verdade absoluta!

Sobre aceitar ou não que as pessoas se autointitulam, só depende de quem as contrata e de quem as toma como referência. Eu acho que uma das piores coisas que o marketing trouxe para nós, foi o marketing pessoal, porque muita gente começou a usá-lo indevidamente. Conheço gente que diz que faz montanha mudar de lugar, consegue ótimos empregos, ganha altos salários e, no fim, quem faz a montanha mudar de lugar é o funcionário que ganha bem menos que a metade que o cidadão bom de lábia e não leva nem um pouco da fama. Mas, como foi o cara que manja de marketing pessoal que disse que ele que faz a montanha mudar de lugar, o empresário parece fechar os olhos para a realidade e crê naquilo e dá status a esse tipo de profissional.

Não acho que o autointitulamento seja um problema! É um problema para quem não sabe avaliar bem quem contrata! Dizer: eu faço isso, eu faço aquilo é muito fácil. O outro lado, o empresário, tem que dizer; me mostra que você já fez! Quem me prova que você já fez? O cara tem que investigar! Não é acreditar no blá-blá-blá de pessoas que agem de má fé (porque pra mim isso é agir de má fé) e depois ficar decepcionado e sair desacreditando de todos.

Por fim, penso que há um grande número de pessoas que se importam muito com profissionais multitarefas. Sabe o que eu acho? Isso é insegurança! Se eu dou conta de trabalhar com uma coisa de manhã, com outra de tarde e ainda fazer mais alguma outra coisinha de outra área a noite, tem gente que se incomoda. Por que? Porque eu posso tomar espaço delas! Porque elas veem sua gama de oportunidades diminuir. Cara, não reclama! Faz! Levanta a bunda da cadeira e vai descobrir o que de mais você sabe fazer e seja o ser multitarefa ser bom! Saber mais de uma coisa é ruim? Eu acho que não! E o mercado e o seu bolso também não devem achar!

Fica a dica!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

De gente, não se sabe nada!

Você convive alguns anos com as pessoas. Acredita conhecê-las. Saber o que esperar delas. Mas isso é ilusão. Ou melhor: inocência. A gente nunca sabe, no fundo no fundo, nada ao certo das pessoas, a não ser de nós mesmos... e olhe lá! Porque às vezes, nós nos surpreendemos com certas atitudes nossas...

Nós queremos acreditar que as pessoas vão ser sempre as melhores para nós, por gostar, por ter carinho por elas. E se agarra nesse crer, achando que sempre poderá contar com elas, que elas sempre irão te compreender, que elas irão, ao menos, te escutar...

Mas existem coisas - e o pior é que, a maioria, pequenas - acabam com amores, acabam com amizades, põem fim a laços familiares... E da noite pro dia te fazem pensar: eu passei tantos anos acreditando que essa pessoa estava comigo para o que der e vier? Era esse ser que eu sempre cri ser dos mais admiráveis e melhores para mim?

Acreditar nas pessoas é quase uma faca de dois gumes... é como um jogo de sorte: algumas - poucas! - serão verdadeiros achados, pessoas que você quer ter sempre por perto, com quem você sabe que vai poder contar em qualquer situação e que não será uma opinião contrária que irá fazer com que ela se afaste de você... mas outras serão como paixonites; são tudo para você hoje, são as melhores para você hoje... até o primeiro desentendimento, até a primeira implicância. Pronto, o encanto passou! E elas simplesmente vão embora, deixando corações partidos e almas feridas...

A única parte boa de tudo isso é que a gente segue aprendendo e nos cuidando melhor.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Chamam a gente de babaca!

Fico assustada toda vez que vejo como o cliente, o consumidor tem sido mal-tratado hoje em dia. Faz tempos que esse é um assunto que me incomoda muito, até porque eu acho que, desde que nos sintamos lesados, devemos sim,  recorrer a justiça para buscar nossos direitos. Só que se chegou a um ponto que as empresas parecem não temer a justiça: elas ganham rios de dinheiro mesmo, não custa nada tirar 1% de seus lucros para pagar indenizações a babacas, ops, clientes!

Esses babacas - nós! - são lesados diariamente e tratados como idiotas em Centrais de Atendimentos, quando o que só precisam é que resolvam um problema que pode ser mínimo. Eu já me senti e atualmente me sinto assim! A empresa que fornece internet para a minha casa não admiti que está prestando um péssimo serviço. Pago por internet de 1 mega e não disponho nem de 500 kbps! Minha internet 3G, que uso só no celular, funciona melhor que a operadora de internet. Como lidar? Ignorar? Poderia até fazer isso, se eu não trabalhasse com internet e dependesse do pulso de velocidade dessa empresa para entrar em contato com os meus clientes. O que eu posso fazer? Reclamar! Já reclamei na central - que não resolveu meu problema -, já reclamei nas redes sociais - o que não resolveu meu problema, enfim... meu problema não tem resolução! Estou decidindo agora apenas como vou processá-los. Porque acho que esse é um direito meu!

Recentemente, passei também por um problema um pouco semelhante de puro descaso com o cliente. Resolvi vender meu carro, que havia financiado pelo maior banco do país. Quando pedi orientação na central de atendimento, o procedimento era simplérrimo. Fui, fiz tudo o que precisava, negociei o carro com um novo comprador e na hora de quitar a quantia que faltava para pagar o valor total do carro, começou um inferno em minha vida. O banco, simplesmente, não quis me mandar o boleto para quitação! Por que? Eu não sabia, eu não entendia! Inventaram milhares de desculpas, disseram que eu tinha contas em aberto no Detran - o que eu provei não ser verdade - e, por fim, conversando com um amigo da área de economia, ele me explicou o que me fez sentir ódio profundo deste banco: Flávinha, se você quitar seu carro, eles vão ter que te dar um grande desconto, o que não é vantagem para eles. Para isso, eles te fazem perder tempo, o que rende juros, e no fim, você paga o valor do desconto que eles te dariam.

Gente, eu fiquei arrasada! Eu fiquei me sentindo enganada, uma babaca, uma burra... E pensei: quantas pessoas não são enganadas diariamente? Claro que briguei muito com o banco até conseguir o boleto, e só quando ameacei processá-los consegui fazer o pagamento. Aí, já havia rendido quase mil reais de multa por atraso!

Nos dois casos eu pensei em entrar com processo contra as empresas. Contra a primeira eu realmente estou considerando entrar. Mas aí, a gente perde as forças quando lembra o quanto nossa justiça é lenta! Entre tantas outras situações em que já me senti lesada e que quis reivindicar meus direitos, acabei esbarrando nessa pedra. Porque o processo inteiro torna-se uma dor de cabeça e um desgaste enorme para a vítima. Mas, ainda assim, é o caminho certo a recorrer.

Na atualidade, com os avanços da internet e o super sucesso das redes sociais, é negócio também tentar alertar os outros consumidores quanto a má fé com que as empresas tem agido ao oferecer seus serviços. Embora eu ache as redes sociais uma faca de dois gumes, também penso que pode ser uma saída genial para ambos os lados: empresa e cliente. Como? Por meio da comunicação! Eu, cliente, quero falar e ser ouvida, a empresa quer avaliar o que pensam de seu negócio e assim melhorar seus serviços. E as redes sociais tem funcionado como verdadeiras ouvidorias no que se refere a isso.

Outro caso meu: quando comprei meu novo carro, tive o azar de ele vir com um defeito de fábrica. Levei na concessionária para fazer a mudança da peça e começou uma super nova dor de cabeça para mim. O carro que ficaria na oficina apenas 2 dias, levou uma semana parado! E eu trabalho com meu carro, porque preciso ir a diversas reuniões e compromissos durante o dia. E o pior: a concessionária não quias me dar um carro reserva. Resolvi ligar para a central de Atendimento da marca do carro para tentar uma solução. Bem diferente do tratamento na concessionária aqui da minha cidade, na central fui tratada muito bem e me garantiram que me dariam uma solução. 

Muito chateada, fui no twitter e reclamei da situação. Para a minha surpresa, a assessoria da marca do carro entrou em contato comigo, desejando resolver o problema e avaliar o serviço que me foi oferecido. Fiquei muito surpresa e também satisfeita. Eles fizeram tudo o que puderam para me entregar o carro de volta e se colocaram a  disposição para toda vez que eu precisar de serviços na concessionária, solicitar o acompanhamento emergencial da indústria nacional da marca, com a finalidade de satisfazer o cliente.

Não é todo dia que se vê isso, né?! 

O exemplo de uso de redes sociais a favor de empresas com intuito de melhorar e avaliar seus serviços é algo que tem sido bastante discutido e que poucas empresas no Brasil tem tirado proveito corretamente. É uma maneira de se ter um contato direto com seu cliente, de não precisar fazer a abordagem chata do telemarketing. A empresa pode simplesmente filtrar para si um banco de informações absurdo - dado a quantidade de perfis disponíveis na rede -  que pode ser precioso e levar, sim, ao crescimento de um negócio.

Pena grande que a maioria das empresas ainda fecha os olhos para as redes ou acha que é um canal de comunicação de apenas uma mão: só ela fala, mas não há resposta às réplicas! Até nisso, até nas vezes em que mandamos mensagens via redes sociais para um perfil de empresa e não obtemos respostas, é uma maneira de carimbarem na nossa testa: Ei, cliente, você é um babaca!

Que isso mude!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

É muito fácil apontar

Cada vez mais eu tenho chegado a conclusão de que falar - mal! - é humano! Levanta a mão aí quem nunca falou mal de algo ou alguém?! Pois é. Duas coisas me levaram a escrever esse post hoje:

1. O cancelamento de um grande evento de rock que aconteceria na minha cidade esse fim de semana, que gerou mil transtornos para os envolvidos - organização e público.

2. Uma imagem que acabei de ver no facebook sobre pessoas que aparentemente estão sem fazer nada no trabalho, enquanto deveriam estar trabalhando.

Pois bem. Sobre o primeiro assunto, vou tentar ser rápida, porque a confusão já deu o que tinha que dá (meu facebook até hoje é só o povo falando de M.O.A). Moro em uma cidade relativamente pequena comparada a outras cidades do país. Mas é uma cidade quem tem crescido muito nos últimos tempos. Com isso, claro, os serviços prestados e oferecidos deveriam crescer no mesmo ritmo. É, esse é o esperado mas não é bem assim que acontece.

Como disse, esse fim de semana ia acontecer o Metal Open Air, festival de rock que ia reunir um super line up de bandas dos mais variados estilos de metal. O festival foi um fracasso por conta de erros da organização. Na hora, começaram a falar mal, culpando o caos da situação devido ao fato de o evento ser realizado no Maranhão. De fora, de outras partes do Brasil, infelizmente é esperado que haja esse tipo de comentário, pois os brasileiros ainda são muito preconceituosos. Daqui, de dentro da cidade e do estado, eu já acho mau caratismo! Mas é assim mesmo. A proposta do evento era gigantesca e sempre houve quem falasse mal pelo simples fato de que falar mal pode te fazer parecer um intelectual ou entendido das coisas. Como diria o Chaves: que burro! Dá zero pra ele! Falar por falar só faz de você um mala, e nada mais! Pronto, falei!

Sobre o assunto dois e é o que mais quero discutir aqui, acredito que seja a tal coisa da cara de pau mesmo. Quando vamos em serviços públicos, principalmente, sempre nos perguntamos "o que esse infeliz está fazendo com a mesa vazia ali enquanto há uma fila enorme esperando atendimento aqui?". Vai dizer que você nunca se perguntou isso? O 'infeliz' pode até estar enrolando mesmo. Mas na maior parte das vezes, ao trabalho do 'infeliz' não cabe te atender. Por isso, ele pode estar lá parado, ou fazendo qualquer coisa no computador que não pareça com trabalho, por alguma razão que não necessariamente precisa ser o fato de ele ser um preguiçoso vagabundo.

As pessoas tem a terrível mania de apontar o dedo na cara do outro, mas esquecem que tem 4 dedos apontando para si. Meu amigo, às vezes, você, por estar do outro lado e achar que não merece ficar esperando para ser atendido em uma repartição ou empresa, xinga o outro, faz todo um discurso moralista e todo mundo te dá razão e ainda te "curte" nas redes sociais porque você é "politicamente correto".

Ok! Mas deixa ver a maneira como você trabalha... Ou vai dizer que você também não passa hora no trabalho esperando dar os minutos que faltam para acabar seu expediente? Ou quando está com zero de demanda corre atrás de coisa para fazer? E se ele tivesse lendo o site da Filha de São Paulo ou o Globo, ele seria poupado, em vez de estar jogando paciência? Lembra o que eu falei da cara de pau! Pois é! É isso que esse tipo de gente, que aponta e fala sem pensar, geralmente, é!



Aí, alguém posta uma foto como essa no face, acha que está pegando o tiozinho aí no flagra jogando paciência e vem um monte de cara de pau comentar que o cara tem que ser exonerado, que o cara é vagabundo e tudo mais. E você? Pára e pensa um pouco.... quantas vezes você jogou paciência no trabalho? Quantas vezes você abriu e leu notícias que sejam do seu interesse e que não tem nenhum tipo de relação com a sua labuta no seu horário de trabalho? Quantas vezes você fez download de coisas de seu interesse enquanto devia estar trabalhando? Aí se alguém tirasse uma foto e dissesse que você estava agindo com falta de respeito, o que você ia dizer? Juro que eu daria tudo pra saber!

Gente, é muito fácil abrir a boca para falar mal das pessoas, do que as pessoas fazem ou deixam de fazer. Esse cara da foto pode estar sim brincando na hora de trabalho, assim como ele pode não estar! Quando você vê esse tipo de coisa por aí, seja pelo menos proativo e procure alguém da repartição e pergunte o que a pessoa faz e se ela deveria, de fato, estar atendendo a fila enorme, antes de tirar foto, postar no face e pousar de justiceiro. Porque o cara pode estar simplesmente sem acesso ao sistema de trabalho ou pode já ter cumprido a meta diária dele que não inclui algum serviço, que não tenha a ver com atendimento ao público e não ficar posando de "fodão" das redes sociais que dá lição de moral com o que vê de errado por aí...

As pessoas precisam parar com essa coisa de sair "vomitando" opiniões sem parar para pensar antes de falar ou escrever. Essa coisa de liberdade de expressão que as redes sociais reforçam tem gerado uma "sociedade" de gente intolerante e que acha que tem o direito de apontar e julgar os outros.

E antes que pensem que eu estou defendendo esse tipo de situação. Não! Estou apenas mostrando o outro lado, que pode simplesmente ser o que as pessoas que postaram e comentaram a foto nem se quer pararam pra pensar. E por mais que o cara estivesse no horário de trabalho, pergunto: qual direito você tem de reivindicar qualquer coisa, quando você também faz ou já fez a mesma coisa no seu trabalho? Hein?


quarta-feira, 4 de abril de 2012

Os incomodados que se retirem!

Todo mundo já deve ter falado isso alguma vez na vida, né mesmo?! Mas hoje, venho falar disso num sentido muito específico: como quando as pessoas se destacam em algo, sempre tem alguém que vai implicar. Exemplo? Alguma vez na sua vida, você já ganhou aquela promoção que todo mundo na sua empresa sonha ou até mesmo só ganhou um pouco mais de status por conta de um novo emprego ou um salário melhor e uma amiga (o) sua aparentou desconforto com seu sucesso? Pois é! Incrível como em todos os círculos sempre haverá alguém com esse perfil.

Tenho feito um exercício constante para aprender a não me importar com esse tipo de pessoa. Eu tenho quase que a certeza que a intenção é sugar nossas forças nos impedindo de crescer ainda mais. Mas o chato mesmo é quando quem aparenta esse tipo de perfil é alguém muito próximo a você e que você chega a não entender porque a pessoa não quer que você conquiste mais. Na boa, eu tenho muitas amigas e eu fico absurdamente feliz quando sei que elas estão crescendo. Seja fazendo algo que eu admire e goste muito, seja fazendo algo que eu julgue chato e não me interesse. Afinal, eu só quero ver as minhas amigas felizes! Mas há amigas que querem exatamente o contrário. Na verdade, não é que elas não te queiram felizes. Elas não te querem sendo mais que elas. Estando em um patamar maior que o delas!

Quanta bobagem! Eu tenho amigos das mais diversas classes sociais. Tenho amigos médicos, advogados, empresários, mas também tenho amigos que são vendedores em loja, amigos que não tem curso superior e amigos que ainda não se formaram. Mas nunca, nunca mesmo na minha vida toda, me senti mais ou menos que um deles. Por que? Porque não me importa o que nós somos agora, importa o que nós fomos lá no começo e mantivemos até hoje. E não será uma promoção, uma foto na capa de uma revista, aparecer em um jornal que vai me fazer achar que meu amigo virou besta e não serve mais para estar no meu círculo de amizades. A não ser que eu comprove que a pessoa, de fato, mudou, para mim, status não mudará em nada a amizade.

Eu, sinceramente, só lamento quem pensa assim e quem age assim. Eu acho que a pessoa só perde. E eu... bem, eu, acho que não estou perdendo nada, né?!