segunda-feira, 23 de abril de 2012

É muito fácil apontar

Cada vez mais eu tenho chegado a conclusão de que falar - mal! - é humano! Levanta a mão aí quem nunca falou mal de algo ou alguém?! Pois é. Duas coisas me levaram a escrever esse post hoje:

1. O cancelamento de um grande evento de rock que aconteceria na minha cidade esse fim de semana, que gerou mil transtornos para os envolvidos - organização e público.

2. Uma imagem que acabei de ver no facebook sobre pessoas que aparentemente estão sem fazer nada no trabalho, enquanto deveriam estar trabalhando.

Pois bem. Sobre o primeiro assunto, vou tentar ser rápida, porque a confusão já deu o que tinha que dá (meu facebook até hoje é só o povo falando de M.O.A). Moro em uma cidade relativamente pequena comparada a outras cidades do país. Mas é uma cidade quem tem crescido muito nos últimos tempos. Com isso, claro, os serviços prestados e oferecidos deveriam crescer no mesmo ritmo. É, esse é o esperado mas não é bem assim que acontece.

Como disse, esse fim de semana ia acontecer o Metal Open Air, festival de rock que ia reunir um super line up de bandas dos mais variados estilos de metal. O festival foi um fracasso por conta de erros da organização. Na hora, começaram a falar mal, culpando o caos da situação devido ao fato de o evento ser realizado no Maranhão. De fora, de outras partes do Brasil, infelizmente é esperado que haja esse tipo de comentário, pois os brasileiros ainda são muito preconceituosos. Daqui, de dentro da cidade e do estado, eu já acho mau caratismo! Mas é assim mesmo. A proposta do evento era gigantesca e sempre houve quem falasse mal pelo simples fato de que falar mal pode te fazer parecer um intelectual ou entendido das coisas. Como diria o Chaves: que burro! Dá zero pra ele! Falar por falar só faz de você um mala, e nada mais! Pronto, falei!

Sobre o assunto dois e é o que mais quero discutir aqui, acredito que seja a tal coisa da cara de pau mesmo. Quando vamos em serviços públicos, principalmente, sempre nos perguntamos "o que esse infeliz está fazendo com a mesa vazia ali enquanto há uma fila enorme esperando atendimento aqui?". Vai dizer que você nunca se perguntou isso? O 'infeliz' pode até estar enrolando mesmo. Mas na maior parte das vezes, ao trabalho do 'infeliz' não cabe te atender. Por isso, ele pode estar lá parado, ou fazendo qualquer coisa no computador que não pareça com trabalho, por alguma razão que não necessariamente precisa ser o fato de ele ser um preguiçoso vagabundo.

As pessoas tem a terrível mania de apontar o dedo na cara do outro, mas esquecem que tem 4 dedos apontando para si. Meu amigo, às vezes, você, por estar do outro lado e achar que não merece ficar esperando para ser atendido em uma repartição ou empresa, xinga o outro, faz todo um discurso moralista e todo mundo te dá razão e ainda te "curte" nas redes sociais porque você é "politicamente correto".

Ok! Mas deixa ver a maneira como você trabalha... Ou vai dizer que você também não passa hora no trabalho esperando dar os minutos que faltam para acabar seu expediente? Ou quando está com zero de demanda corre atrás de coisa para fazer? E se ele tivesse lendo o site da Filha de São Paulo ou o Globo, ele seria poupado, em vez de estar jogando paciência? Lembra o que eu falei da cara de pau! Pois é! É isso que esse tipo de gente, que aponta e fala sem pensar, geralmente, é!



Aí, alguém posta uma foto como essa no face, acha que está pegando o tiozinho aí no flagra jogando paciência e vem um monte de cara de pau comentar que o cara tem que ser exonerado, que o cara é vagabundo e tudo mais. E você? Pára e pensa um pouco.... quantas vezes você jogou paciência no trabalho? Quantas vezes você abriu e leu notícias que sejam do seu interesse e que não tem nenhum tipo de relação com a sua labuta no seu horário de trabalho? Quantas vezes você fez download de coisas de seu interesse enquanto devia estar trabalhando? Aí se alguém tirasse uma foto e dissesse que você estava agindo com falta de respeito, o que você ia dizer? Juro que eu daria tudo pra saber!

Gente, é muito fácil abrir a boca para falar mal das pessoas, do que as pessoas fazem ou deixam de fazer. Esse cara da foto pode estar sim brincando na hora de trabalho, assim como ele pode não estar! Quando você vê esse tipo de coisa por aí, seja pelo menos proativo e procure alguém da repartição e pergunte o que a pessoa faz e se ela deveria, de fato, estar atendendo a fila enorme, antes de tirar foto, postar no face e pousar de justiceiro. Porque o cara pode estar simplesmente sem acesso ao sistema de trabalho ou pode já ter cumprido a meta diária dele que não inclui algum serviço, que não tenha a ver com atendimento ao público e não ficar posando de "fodão" das redes sociais que dá lição de moral com o que vê de errado por aí...

As pessoas precisam parar com essa coisa de sair "vomitando" opiniões sem parar para pensar antes de falar ou escrever. Essa coisa de liberdade de expressão que as redes sociais reforçam tem gerado uma "sociedade" de gente intolerante e que acha que tem o direito de apontar e julgar os outros.

E antes que pensem que eu estou defendendo esse tipo de situação. Não! Estou apenas mostrando o outro lado, que pode simplesmente ser o que as pessoas que postaram e comentaram a foto nem se quer pararam pra pensar. E por mais que o cara estivesse no horário de trabalho, pergunto: qual direito você tem de reivindicar qualquer coisa, quando você também faz ou já fez a mesma coisa no seu trabalho? Hein?


quarta-feira, 4 de abril de 2012

Os incomodados que se retirem!

Todo mundo já deve ter falado isso alguma vez na vida, né mesmo?! Mas hoje, venho falar disso num sentido muito específico: como quando as pessoas se destacam em algo, sempre tem alguém que vai implicar. Exemplo? Alguma vez na sua vida, você já ganhou aquela promoção que todo mundo na sua empresa sonha ou até mesmo só ganhou um pouco mais de status por conta de um novo emprego ou um salário melhor e uma amiga (o) sua aparentou desconforto com seu sucesso? Pois é! Incrível como em todos os círculos sempre haverá alguém com esse perfil.

Tenho feito um exercício constante para aprender a não me importar com esse tipo de pessoa. Eu tenho quase que a certeza que a intenção é sugar nossas forças nos impedindo de crescer ainda mais. Mas o chato mesmo é quando quem aparenta esse tipo de perfil é alguém muito próximo a você e que você chega a não entender porque a pessoa não quer que você conquiste mais. Na boa, eu tenho muitas amigas e eu fico absurdamente feliz quando sei que elas estão crescendo. Seja fazendo algo que eu admire e goste muito, seja fazendo algo que eu julgue chato e não me interesse. Afinal, eu só quero ver as minhas amigas felizes! Mas há amigas que querem exatamente o contrário. Na verdade, não é que elas não te queiram felizes. Elas não te querem sendo mais que elas. Estando em um patamar maior que o delas!

Quanta bobagem! Eu tenho amigos das mais diversas classes sociais. Tenho amigos médicos, advogados, empresários, mas também tenho amigos que são vendedores em loja, amigos que não tem curso superior e amigos que ainda não se formaram. Mas nunca, nunca mesmo na minha vida toda, me senti mais ou menos que um deles. Por que? Porque não me importa o que nós somos agora, importa o que nós fomos lá no começo e mantivemos até hoje. E não será uma promoção, uma foto na capa de uma revista, aparecer em um jornal que vai me fazer achar que meu amigo virou besta e não serve mais para estar no meu círculo de amizades. A não ser que eu comprove que a pessoa, de fato, mudou, para mim, status não mudará em nada a amizade.

Eu, sinceramente, só lamento quem pensa assim e quem age assim. Eu acho que a pessoa só perde. E eu... bem, eu, acho que não estou perdendo nada, né?!